Hidrogénio molecular e cérebro: o estudo da Nature Medicine que revolucionou o stress oxidativo
Porque falamos de hidrogénio e cérebro?
O cérebro é um dos órgãos mais sensíveis ao stress oxidativo – o “desgaste” provocado pelo excesso de radicais livres. Situações como AVC, falta de oxigénio, inflamação intensa ou mesmo o envelhecimento acelerado estão fortemente ligadas a este desequilíbrio. PubMed
Em 2007, um grupo de investigadores japoneses publicou, na revista Nature Medicine, um estudo que surpreendeu a comunidade científica: a inalação de gás hidrogénio (H₂) reduziu de forma marcante a lesão cerebral num modelo de isquemia em ratos. Nature+1
A frase que se tornou famosa foi:
“The inhalation of H₂ gas markedly suppressed brain injury by buffering the effects of oxidative stress.”SciSpace
Mas o que é que isto quer dizer, na prática? E o que tem isto a ver com água rica em hidrogénio e com a forma como bebemos água no dia a dia?
O estudo da Nature Medicine em linguagem simples
Como foi feito o estudo?
Os investigadores liderados por Ikuroh Ohsawa usaram um modelo bem conhecido em neurologia:
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Ratos eram submetidos a isquemia cerebral (bloqueio temporário de uma artéria do cérebro) seguida de reperfusão (restabelecimento do fluxo de sangue).
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Este processo causa stress oxidativo intenso e morte de células nervosas, semelhante ao que acontece num AVC isquémico. ResearchGate
Durante este processo, alguns animais inhalavam gás hidrogénio em baixas concentrações (entre 1% e 4% misturado com oxigénio e óxido nitroso). Outros não recebiam hidrogénio e serviam de grupo de controlo.
O que os cientistas descobriram?
Os resultados foram impressionantes:
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Os ratos que inhalaram H₂ tiveram menor volume de tecido cerebral lesionado (menor “infarcto cerebral”). ResearchGate
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Observou-se também menos inflamação e menor morte celular nas regiões afetadas.
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O hidrogénio não interferiu com outros radicais importantes para a sinalização normal das células, concentrando-se sobretudo nos radicais mais destrutivos. ResearchGate+1
Daqui surgiu a conclusão: o H₂ atua como um antioxidante seletivo, capaz de reduzir alguns dos radicais mais tóxicos sem “desligar” por completo os mecanismos normais do organismo.
O que torna o hidrogénio molecular tão especial?
O hidrogénio molecular (H₂) é a molécula mais pequena do universo. Isso dá-lhe várias vantagens únicas: ResearchGate+1
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Difunde-se muito rapidamente por todo o corpo, atravessando membranas celulares, mitocôndrias e até a barreira hematoencefálica (a “barreira de segurança” do cérebro).
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É seletivo: reage sobretudo com os radicais mais tóxicos, como o radical hidroxilo (•OH) e o peroxinitrito (ONOO⁻), que são altamente destrutivos.
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Não bloqueia por completo todos os radicais livres, permitindo que o organismo mantenha as suas funções normais de defesa e sinalização, ao contrário de alguns antioxidantes em doses elevadas.
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Já era utilizado há décadas em contextos como o mergulho de grande profundidade, mostrando um bom perfil de segurança em baixas concentrações. ResearchGate
Esta combinação – eficácia + seletividade + segurança – é o que faz do hidrogénio molecular um antioxidante tão interessante para a investigação.
Porque é que este estudo foi tão importante?
Desde a publicação do artigo na Nature Medicine, em 2007, que o trabalho de Ohsawa e colaboradores tem sido citado milhares de vezes e é considerado o ponto de partida da chamada “medicina do hidrogénio”. PubMed+1
A partir daqui, surgiram dezenas de outros estudos pré-clínicos e clínicos a explorar o H₂ em diferentes contextos:
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Doenças cardiovasculares e metabólicas
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Lesão de órgãos por isquemia/reperfusão (coração, fígado, rins)
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Processos inflamatórios e oxidativos crónicos
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Recuperação após exercício físico intenso ScienceDirect
Importa sublinhar:
O estudo original foi feito em animais, num contexto muito específico (modelo experimental de AVC). Não é uma “cura milagrosa” nem substitui tratamentos médicos. Mas abriu uma nova via para pensar a proteção antioxidante – mais inteligente, mais seletiva e potencialmente mais segura.
Inalar gás vs. beber água rica em hidrogénio
No estudo da Nature Medicine, o hidrogénio foi administrado sob a forma de gás inalado. Entretanto, outros trabalhos mostraram que o H₂ pode ser administrado de várias formas: ResearchGate+1
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Inalação de gás H₂
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Soro fisiológico enriquecido com hidrogénio (H₂-saline)
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Água potável rica em hidrogénio, obtida por dissolução do gás ou por eletrólise (como acontece em vários ionizadores de água de elevado desempenho)
A água rica em hidrogénio não fornece doses tão elevadas como a inalação em ambiente hospitalar, mas tem uma grande vantagem:
pode ser utilizada de forma prática e diária, como um complemento de estilo de vida saudável.
Os ionizadores de água de última geração conseguem produzir água alcalina e antioxidante, com H₂ dissolvido, pronta para consumo diário.
Se quiser explorar melhor este tema, pode consultar:
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A nossa página principal, onde explicamos os fundamentos da água ionizada.
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Os modelos de ionizadores disponíveis, onde poderá ver e escolher qual melhor se adapta a si.
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A possibilidade de ver tudo a funcionar numa sessão prática (online ou presencial), agende demonstração para quando lhe convier.
O que é que isto significa para si, na prática?
1. O stress oxidativo é real – e deve ser levado a sério
O estudo reforça a ideia de que o stress oxidativo excessivo danifica profundamente o cérebro e outros órgãos. Reduzir esta carga oxidativa é uma estratégia central para proteger a saúde a longo prazo.
2. O hidrogénio molecular é um aliado promissor
Os resultados em animais, e estudos posteriores em humanos, indicam que o H₂ pode ajudar a modular o stress oxidativo e inflamatório, com um perfil de segurança favorável. Ainda são necessárias mais investigações, mas a base científica é sólida e em rápido crescimento. ScienceDirect
3. A água que bebe pode ser mais do que “apenas” água
Quando bebe água rica em hidrogénio, não está apenas a hidratar-se. Está a fornecer ao organismo uma fonte adicional de H₂, que pode atuar de forma seletiva sobre os radicais mais agressivos.
Integrar este tipo de água na rotina diária, aliado a:
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Alimentação anti-inflamatória
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Sono reparador
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Gestão do stress
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Atividade física regular
pode ser uma forma inteligente de apoiar o seu organismo na luta contra o envelhecimento precoce e o desgaste celular.
Três passos para experimentar os benefícios do H₂ no dia a dia
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Informar-se com profundidade
Explore os conteúdos do nosso blog e conheça melhor o que a ciência já sabe sobre água ionizada, hidrogénio molecular e saúde. -
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Perguntas frequentes
Este estudo prova que o hidrogénio “cura” AVC ou outras doenças?
Não. O estudo mostra que, em ratos, a inalação de H₂ reduziu a extensão da lesão cerebral num modelo de isquemia/reperfusão. É um resultado muito promissor, mas não substitui o tratamento médico nem autoriza promessas de cura.
Beber água rica em hidrogénio é o mesmo que inalar gás H₂?
Não é exatamente o mesmo – as concentrações e a forma de administração são diferentes. A inalação pode alcançar níveis mais elevados de H₂ em contexto hospitalar; a água rica em hidrogénio oferece doses mais baixas, mas repetidas ao longo do dia, de forma prática e cómoda.
É seguro consumir hidrogénio molecular?
Nas concentrações usadas em estudos clínicos e na água potável, o H₂ tem mostrado um excelente perfil de segurança. Concentrações de gás inferiores a 4% no ar não apresentam risco de explosão, e o corpo excreta facilmente o excesso de H₂ pela respiração. ResearchGate
Referências principais
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Ohsawa, I. et al. (2007). Hydrogen acts as a therapeutic antioxidant by selectively reducing cytotoxic oxygen radicals. Nature Medicine, 13(6), 688–694. DOI: 10.1038/nm1577. Disponível em: Nature+1 e PubMed.
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Ohta, S. (2012). Molecular hydrogen is a novel antioxidant to efficiently reduce oxidative stress with potential for the improvement of mitochondrial diseases. Pharmacology & Therapeutics. ScienceDirect